Correr pode ser tão benéfico quanto medicamentos antidepressivos no combate à depressão e à ansiedade, revelam estudos recentes. Contudo, especialistas alertam que os resultados podem variar de pessoa para pessoa.
Pesquisadores de Amsterdã compararam os efeitos de correr e do uso do antidepressivo escitalopram em 141 pacientes durante 16 semanas. Tanto a corrida quanto o medicamento se mostraram eficazes em 44% dos casos. O grupo que se exercitou também apresentou benefícios físicos adicionais, como perda de peso e melhora na pressão arterial.
Segundo Brenda Penninx, coautora do estudo, enquanto os antidepressivos funcionam para a maioria, ampliar as opções de tratamento é crucial, pois nem todos os pacientes querem ou podem tomar medicações. Karmel Choi, psicóloga de Harvard, enfatiza que, além de menos efeitos colaterais, o exercício traz mais vantagens para a saúde física.
Entretanto, a preferência pessoal e a motivação para o exercício ou preocupações com efeitos colaterais dos remédios podem influenciar a escolha do tratamento. Felipe Barreto Schuch destaca que combinar medicamentos e exercícios não apresenta riscos adicionais.
Ainda assim, há debates sobre a equivalência biológica entre as doses de exercício e medicamentos nos estudos, e os resultados podem não ser aplicáveis a casos mais graves de depressão, onde uma combinação de terapias e acompanhamento médico mais próximo são recomendados.
Os especialistas concordam que tratamentos personalizados são fundamentais e recomendam que os pacientes discutam suas opções com profissionais de saúde. Enquanto alguns podem notar melhorias com o exercício em algumas semanas, outros podem precisar de mais tempo e esforço contínuo. A consistência no tratamento escolhido é crucial para o sucesso a longo prazo.
Fonte: CNN
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